Dos 497 Municípios do Rio Grande do Sul, 371 Municípios são considerados turísticos porque atendem as exigências do Ministério do Turismo do Brasil, com trabalhos realizados entre 1994 a 2001, quando foi iniciado o Programa Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT), prevendo uma abordagem comunitária participativa e a formação de Conselhos e Planos de Turismo. Em abril de 2004, foi lançado o Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil, constituindo-se em uma política pública, a partir do Plano Nacional do Turismo 2003-2007, que determinou como macro programa estruturante a “Estruturação e Diversificação da Oferta Turística “. Os Municípios Turísticos Gaúchos formam 27 Regiões Turísticas. Algumas Regiões e Municípios Turísticos avançaram, principalmente com as parcerias públicas e privadas e as aceitações das Demandas Turísticas. Observa-se que é fundamental a continuidade dos trabalhos, independentes dos Governantes, demonstrando o interesse da Comunidade, dos empreendedores e empresários locais para atingirem seus objetivos e atraírem visitantes. A descontinuidade e a falta na promoção e divulgação dos atrativos geográficos, históricos, culturais, serviços e equipamentos prejudicam os empreendedores e empresários qualificados que não recebem visitantes. Turismo sem Turistas? Algo está errado! Qual o diagnóstico? Nas minhas palestras e consultorias no interior, ouço histórias e estórias sobre empreendedores e empresários que acreditam que a Oferta determina a Procura e esquecem as indispensáveis ações nos mercados emissores para atraírem visitante. Muitos não foram alertados sobre o tema e muitos não estão preparados para captarem e manterem visitantes nos seus M unícipios, empresas e entidades. Sempre esperam que os Governos façam algo e que é improvável, historicamente. Tanto investimento no Planejamento e total falta de investimento na Promoção adequada e inteligente. Às vezes, eventuais reportagens e algumas postagens amadoras. Ausência total da Comunicação Integrada Aplicada e do City Marketing. Esquecem que o fenômeno turístico consegue melhores resultados através da transversalidade com outras áreas e profissionalismo especializado. Por que a Demanda Turística não reage às clássicas abordagens estratégicas que enriquecem algumas pessoas físicas e jurídicas, criando fantasias e ilusões em um mercado altamente competitivo? Talvez, salvo melhor juízo, para obter melhores resultados deve-se avançar na segmentação e na busca de singularidades capazes de atraírem visitantes em raios de 100, 200, 300 km, via rodoviária e voos regionais. Se não for possível, deve-se diagnosticar alternativas viáveis e rentáveis, eliminando os sonhos impossíveis de abnegados que não conseguem entender a realidade da Economia de Mercado: quem manda é a Demanda. Pode-se imaginar que dos 371 Municípios turísticos pode-se selecionar 27 Destinos Turísticos indutores. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.