Primeiro  a  Cidade, depois o Hotel

            Abdon Barretto Filho Economista e Mestre em Comunicação Social

Ao escolher a Cidade, o destino da viagem, o visitante deve escolher o meio de transporte e, em sequência, o hotel de acordo com  a localização e o preço da diária. Parece ser óbvio. Entretanto, outras variáveis podem ser incluídas, inclusive a busca de experiências. De uma maneira geral, a localização da cidade e do hotel influenciam todas as decisões dos visitantes. Desde da hotelaria romântica até os hotéis com tecnologia  avançada. Os perfis dos visitantes podem determinar as reservas, assim como os objetivos de cada viagem que determinam as prioridades e  a localização do meio de hospedagem. Em uma viagem de negócios, a proximidade a centros empresariais, financeiros e aos locais de realizações de eventos visando a redução do tempo de deslocamento. Na viagem cultural, o foco é a localização próxima ao atrativo cultural e histórico, geralmente o Centro Histórico da cidade. Na viagem de lazer, o meio de hospedagem deve estar localizado ou próximo de uma série de atrações naturais, incluindo  praias, serras, parques, entre outros atrativos turísticos. Na viagem para tratamento médico, o hotel deve estar próximo aos equipamentos hospitalares, incluindo hospital, clínicas e centros médicos para facilitar consultas e internações. Logo, salvo melhor juízo, no planejamento para a construção de um hotel a localização é fundamental, assim como, a gestão para captar e manter fluxos de hóspedes. Durante as etapas do processo decisório, a localização deve ser completada com a precificação decorrente da sazonalidade e a inconstância da demanda exigindo gestão comprometida com resultados e entendendo e aplicando ações promocionais. Atualmente, existem sistemas que fornecem dados sobre a oferta e demanda, inclusive as séries históricas das ocupações facilitando as tomadas das decisões sobre as ocupações dos apartamentos, consumos de alimentos e bebidas, aluguéis de salas, entre outros. Outro grande desafio é a série de investimentos nos prédios, equipamentos e serviços de acordo com perfil do hóspede  e do posicionamento do hotel no mercado em que atua. A combinação entre os avanços tecnológicos e os serviços humanos podem atrair ou afastar hóspedes. A precificação e a entrega de cada serviço podem sinalizar e prejudicar a segunda venda influenciada pela expectativa de cada hóspede e sua experiência no meio de hospedagem. Identificar as preferências de cada hóspede podem determinar o sucesso ou o fracasso de cada estratégia de acordo com a geração que o hóspede represente. Existem hóspedes com expectativas diferentes que valorizam o atendimento; o banho; o wi -fi; a gastronomia e o preço. Porém, a localização é fundamental. Os hotéis independentes, os hotéis integrantes das redes nacionais e redes internacionais sabem que a localização decide o investimento e o retorno do capital investido. A decisão final está no binômio Localização x Preço. Algumas cidades não conseguem atender as demandas dos visitantes e dos investidores. Outras, já conseguem o planejamento e gestão adequada. O equilíbrio define qual o hotel é mais adequado para cada hóspede e para cada investidor. Será ? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

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Abdon Barretto Filho

Economista e Mestre em Comunicação Social. Especializado em Economia, Comunicação e Marketing aplicados às Cidades ( City Marketing),Empresas e Entidades, destacando-se Eventos, Hotelaria, Hospitalidade e o Turismo. Consultor, Conferencista, Conselheiro, Diretor, Escritor, Colaborador em Veículos de Comunicação

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Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social.

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