Abdon Barretto Filho – Economista e Mestre em Comunicação Social
Lembrando que o Turismo Urbano Receptivo acontece quando a cidade recebe visitantes. O Turismo Emissivo acontece quando se viaja para outros destinos. Logo, ao receber visitantes, os gastos no local são distribuídos entre diversos serviços, a saber: transportar, visitar, alimentar, entreter, comprar e dormir. Nas principais cidades do Brasil e do mundo são realizados investimentos e ações para promover os atrativos turísticos na expectativa de receber “dinheiro novo” trazido por cada visitante no Turismo Urbano Receptivo. Naturalmente, são indispensáveis o conhecimento técnico e a vontade política para o desenvolvimento sustentável. Existe uma sequência profissional, a saber: estruturar a oferta turística; qualificar os serviços turísticos; promover o destino ( City Marketing); apoio à comercialização das iniciativas privadas da cadeia produtiva; avaliação de resultados e retroalimentação do sistema. As parcerias entre o poder público e a iniciativa privada com gestão profissional fazem as diferenças. Infelizmente, a maioria das cidades ignoram a importância social, cultural e econômica do fenômeno turístico. Não possuem Política Pública (ignorada pelos políticos locais) e não contratam recursos humanos compatíveis e capazes de apresentarem soluções para melhorar a imagem e o posicionamento capazes de atraírem visitantes enfrentando os desafios da transversalidade do Turismo Então, pode-se concluir que o Turismo Urbano Receptivo é gerador de empregos, renda, impostos e a melhoria da autoestima da comunidade do núcleo receptor. Uma das principais vantagens do Turismo Receptivo é a distribuição de receitas entre diversos setores. Quando um turista chega a uma cidade, ele necessita de uma série de serviços, como transporte local, hospedagem, alimentação, lazer, entre outros. Cada uma dessas atividades movimenta diferentes ramos da economia, criando uma cadeia produtiva que beneficia desde grandes empresas até pequenos empreendedores. O setor de hotelaria e alojamento é um dos primeiros a sentir os impactos positivos do turismo receptivo. Hotéis, pousadas e alojamentos locais registam aumento na procura, incentivando investimentos em melhorias e contratações de funcionários. O mesmo ocorre com restaurantes, bares e lanchonetes, que precisam de mais mão de obra para atender à crescente demanda. Além disso, o comércio local é diretamente beneficiado, especialmente as lojas de lembranças, artesanatos e produtos regionais. Turistas buscam experiências autênticas e, ao adquirirem produtos típicos, contribuem para a valorização cultural e o sustento de pequenos produtores e artesãos. Além dos benefícios económicos, o Turismo Urbano Receptivo tem um forte impacto social e cultural. Quando uma cidade recebe turistas, a população local tende a valorizar mais o seu próprio patrimônio, história e cultura. Esse orgulho reflete-se na preservação de espaços públicos, restauração de monumentos e incentivo a festivais e eventos diversos, incluindo empresariais, científicos e culturais. Na realidade, existem muitos interessados. Será que falta vontade política em alguns Municípios? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.