Abdon Barretto Filho

A Hotelaria gera empregos, paga impostos e valoriza a Cidade

O observador menos atento pode acreditar que um hotel pode ser confundido como mais um prédio na Cidade, sem considerar sua devida importância como equipamento indispensável para o bem receber. No Turismo Urbano ou nos Destinos Turísticos em áreas diferenciadas para implantações de Resorts, os serviços hoteleiros apresentam dinâmicas próprias e se distinguem de outras atividades prestadoras de serviços como geradores de empregos, desde da concepção de cada empreendimento, com adaptações dos padrões internacionais e utilizações de avanços tecnológicos. Nas decisões para construções de prédios e da infraestrutura hoteleira, os empregos iniciais são gerados na construção civil. Para iniciar suas operações, são contratados profissionais vinculados aos equipamentos e serviços diversos e adequados, incluindo prevenções contra incêndios. Nas Gestões Operacionais, são contratados profissionais indispensáveis para: reservas, recepções, serviços nos aptos, manutenções, tecnologias aplicadas, contatos comerciais, comunicadores internos e externos, marketing de relacionamento, realizações de eventos, atendimentos nos setores de alimentos e bebidas, vigilantes, entre outros. São realizados treinamentos e remunerados de acordo com seus cargos e funções. Os impostos são calculados e pagos sobre áreas construídas, serviços consumidos, contribuindo com as receitas e na melhoria da qualidade de vida dos Municípios. Existem Cidades que os impostos e taxas pagos pelos serviços hoteleiros estão entre as principais fontes para as manutenções dos serviços públicos municipais, além dos empregos gerados e contratações de serviços dos fornecedores locais. Convém salientar que quando um hotel abre, a expectativa é de manter-se em operação no tempo mais longo possível. Tem data para abrir e não tem data para fechar. Na realidade, o hotel fecha quando existem variáveis incontroláveis nos mercados, faltando hóspedes e/ou à gestão incompetente. A hotelaria contribui com a valorização da imagem do Município e do desenvolvimento cultural, econômico e social onde está implantada. A Cidade é o Produto Turístico Principal, capaz de atrair fluxos de visitantes. O Hotel é Produto Turístico Complementar indispensável para garantir a estadia do visitante. É óbvio que a visão romântica da hotelaria está cada vez menor pelas exigências dos mercados.  Aspectos como os preços e valores percebidos são temas desafiadores utilizando-se dos   serviços tecnológicos para aumentarem as rentabilidades e atraírem hóspedes. Porém, o bom atendimento é fundamental e o diferencial está em cada detalhe que pode encantar e manter a fidelização do cliente. Logo, salvo melhor juízo, a Hotelaria deve ser consultada em todos níveis da Gestão Pública quando se trata da elaboração de Políticas Públicas para o setor porque os investimentos, empregos gerados e pagamentos de impostos e taxas, merecem mais atenções, superando os 4 anos de cada Governo. Alguns investimentos são realizados visando retorno do capital investido em 8, 10 ou mais anos. Os governantes passam e os hotéis ficam. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

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Abdon Barretto Filho

Economista e Mestre em Comunicação Social. Especializado em Economia, Comunicação e Marketing aplicados às Cidades ( City Marketing),Empresas e Entidades, destacando-se Eventos, Hotelaria, Hospitalidade e o Turismo. Consultor, Conferencista, Conselheiro, Diretor, Escritor, Colaborador em Veículos de Comunicação

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Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social.

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