Nos últimos 40 anos, observa-se que o fenômeno turístico tem sido estudado por muitos profissionais apresentando acertos e enganos. De uma maneira geral, existem boas experiências que podem servir como referências. Infelizmente, os maiores erros são cometidos nos setores públicos que ignoram as conquistas de governos anteriores interessados no tema. É irritante os discursos dos políticos que destacam os potenciais turísticos de determinados destinos turísticos. Geralmente, são neófitos que ocupam cargos e funções que emitem opiniões sobre o Turismo e, às vezes, contratam especialistas para executarem trabalhos que já foram realizados ou novas releituras acadêmicas, incapazes de apresentarem aumentos de fluxos de visitantes. Alguns passam quatro anos nos seus cargos e funções, outros apenas passam alguns meses, devido às composições políticas e partidárias. Existem alguns Gestores que quando começam entender o fenômeno turístico são trocados por novos substitutos. Infelizmente, sem Políticas Públicas, sem investimentos e sem profissionalismo é muito difícil alcançar melhores resultados. As várias abordagens sobre o fenômeno turístico possibilitam decisões sobre a Oferta e a Demanda Turística, exigindo profissionalismo e investimentos que são relegados ao segundo plano. Não existem mágicas para desenvolver o Turismo Receptivo. O primeiro desafio é identificar se o País, o Estado e Cidade querem ingressar no competitivo mercado do turismo e da hospitalidade. Depois, identificar os atrativos turísticos que deverão ser completados com seus equipamentos e serviços turísticos. Em sequência, a qualificação para entrar no mercado que se pretende participar. Depois, a promoção e divulgação nos mercados emissores e os apoios e parcerias para distribuição e comercialização. Para completar, avaliações dos resultados alcançados como números dos fluxos de visitantes; desembarques aéreos e rodoviários; ocupações nos meios de hospedagem; realizações de eventos; visitas aos atrativos; consumos nos restaurantes; gerações de empregos; pagamentos de impostos, entre outros. Logo, os eternos potenciais turísticos, podem ser transformados em Produtos Turísticos: Principais, Complementares e Periféricos, com suas características próprias diferenciadas. É obvio que o tema não é para curiosos que “gostam de viajar “e que imaginam os trabalhos com o turismo como algo fantasioso, cheio de clichês e mitos. Trabalhar com e no fenômeno turístico não é ser turista que merece ser respeitado e estudado, através do Marketing de Relacionamento, das Relações Públicas e da Comunicação Integrada, entre outras ciências comportamentais. As empresas e as entidades sabem que se o cliente, consumidor e pagador não aceitarem os bens e/ou serviços oferecidos, simplesmente, interrompem suas atividades. São resultados das diferentes ações e omissões dos setores públicos que insistem nas citações dos “potenciais turísticos”. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.