Existe um consenso que os eventos com boas gestões atraem visitantes. Os maiores destinos turísticos utilizam seus respectivos calendários de eventos como estratégias vencedoras nas atrações de fluxos de visitantes. No caso do Turismo Urbano, a importância do Escritório de Captação de Eventos (Convention Bureau) é destacada desde do século XIX, quando foi criado em 1896, em Detroit –EUA. São trabalhos profissionais que envolvem organizações econômicas com ou sem fins lucrativos com propósitos bem definidos: captar eventos e desenvolver ações no bem receber. Em algumas cidades existem organizações específicas para a promoção do Destino Turístico (Destination Marketing Organization-D.M.O.), envolvendo a Gestão da Marca da Cidade (Branding), utilizando a Comunicação Integrada e o Marketing de Relacionamento, apoiando a distribuição e comercialização dos atrativos, bens e/ou serviços turísticos. Algumas cidades já alcançaram a excelência na Gestão do fenômeno turístico. Os destaques comprovam as necessidades de Políticas Públicas, parcerias públicas e privadas e profissionalismo. Naturalmente, as empresas e entidades conseguem desenvolver suas ações no mercado, independentes das ideologias. Entretanto, existem algumas Cidades concentradas nas produções de textos e apresentações de consultorias para estruturações de ofertas turísticas. Imaginam, ingenuamente, que os visitantes chegarão naturalmente, sem quaisquer ações mercadológicas e comerciais. Outras Cidades repetem planos que são interrompidos ao gosto de qualquer governante neófito. Ainda existem Cidades que insistem no eterno potencial, sem diferenciais, sem infraestrutura, sem serviços e sem investimentos. Para completar o diagnóstico preliminar, existem Cidades que não querem receber visitantes. Em qualquer cenário, observa-se que os eventos culturais locais podem alavancar o desenvolvimento do turismo receptivo. As manifestações culturais, incluindo o folclore, a gastronomia, a história, atrativos culturais, podem ser trabalhados com profissionalismo nas comunidade e através das parcerias públicas e privadas. O primeiro passo é definir se a Comunidade tem interesse e se existe a sensibilização e conhecimento sobre a sequência indispensável para desenvolver o turismo urbano ou rural: estruturar a oferta; delimitar produtos turísticos sustentáveis; promover e apoiar a comercialização. Caso contrário, os “potenciais atrativos” continuam nos planos aguardando visitantes durante anos e que nunca chegarão. Sem fluxos de visitantes as Cidades não recebem as receitas e nem realizam as trocas qualificadas geradoras de empregos, rendas, impostos e autoestima da comunidade. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.