Abdon Barretto Filho – Economista e Mestre em Comunicação Social
Em primeira instância, é importante salientar que um destino turístico é considerado um local capaz de atrair visitantes, podendo ser uma cidade, uma região, um país ou um espaço geográfico específico, devido a um conjunto de atrativos. Na realidade, é o somatório dos aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços vocacionados e estruturados para a atividade turística, onde ocorrem as trocas culturais e comerciais decorrentes dos deslocamentos de pessoas. Convém destacar que o destino turístico será bom para visitar se for bom para habitar. Portanto, na estruturação da oferta com investimentos nos equipamentos e serviços, podem ser úteis à comunidade do núcleo receptor. Logo, o destino turístico deve ter a sustentabilidade ambiental, econômica e social, interligados para atingir o desenvolvimento sustentável. O conceito busca garantir que as necessidades atuais sejam atendidas sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Um destino turístico deve ser sustentável para minimizar os impactos negativos das atividades turísticas no ambiente, na cultura local e na economia, garantindo a preservação dos recursos para futuras gerações e promovendo o bem-estar das comunidades. Observa-se que após a estruturação da oferta e a disponibilização do destino turístico no competitivo mercado do fenômeno turístico são indispensáveis ações adicionais para qualificar, promover, comercializar e avaliar os resultados. Nos casos dos destinos turísticos do Rio Grande do Sul, a liderança da Serra Gaúcha é destacada por uma série de fatores, incluindo investimentos e gestões comprometidas com o fenômeno. O Rio Grande do Sul possui 28 regiões turísticas reconhecidas, abrangendo a maioria dos seus municípios, com 383 municípios vinculados a alguma dessas regiões em 2023, representando 81% do total. O estado é o segundo do Brasil em número de cidades regionalizadas no Mapa do Turismo Brasileiro. O robusto calendário de eventos, os aspectos geográficos que formam belos cenários o ano todo, as contribuições culturais presentes nas festas folclóricas, na gastronomia e produtos típicos, são alguns dos atrativos encontrados nas regiões turísticas do Rio Grande do Sul nas 4 estações do ano. Pode-se concluir que a Economia do Turismo tem presença forte como geradora de emprego, renda, impostos e autoestima da comunidade. As ações mercadológicas públicas e privadas precisam entender o cenário bastante favorável para o desenvolvimento do setor, ampliando os investimentos e gestões profissionais. Será ? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.