Calamidade e Solidariedade no Rio Grande do Sul

Abdon Barretto Filho – Economista e Mestre em Comunicação Social

A maior tragédia climática do Rio Grande do Sul impacta 388  dos 497 Municípios. A calamidade natural iniciada com chuvas e enchentes nos rios teve seu ponto alto no estuário do Guaíba, com as águas invadindo o Centro Histórico de Porto Alegre, superando a maior enchente da sua história, assustando a população incrédula e atingindo toda infraestrutura urbana, inclusive a Rodoviária Central e o Aeroporto Internacional. As fotos, os vídeos e as reportagens emocionaram e estimularam ações dos salvamentos e buscas ativas com  voluntários residentes e de outros Estados brasileiros. Durante os momentos difíceis, muitas pessoas estão unidas para ajudarem  as vítimas, seja através de doações de alimentos, roupas, dinheiro ou voluntariado em operações de resgates com  cenas de bravuras utilizando barcos e helicópteros. Observa-se que a união  para salvar vidas, independente de ideologias políticas  partidários,  demonstra a força da solidariedade do povo brasileiro, tão sofrido  e sempre refém dos desmandos, omissões e ações inconsequentes que ameaçam e prejudicam o meio ambiente. A calamidade pública tem causas e consequências que podem servir para a melhoria contínua e a inclusão da série dos cuidados ambientais no planejamento e desenvolvimento social e econômico. Alguns destaques são identificados na  produção, principalmente do setor  primário, com as safras do arroz, feijão, entre outros bens e/ou serviços integrantes do agro negócio. Além disso, surgem impactos em diversos setores, incluindo eventos diversos nas principais cidades e nos fluxos de visitantes para alguns dos principais polos turísticos do Brasil que é  a Serra Gaúcha, com seus atrativos naturais, equipamentos e serviços envolvendo milhares de pessoas vinculadas ao fenômeno turístico. Espera-se que as reservas nos hotéis, parques temáticos, passeios, restaurantes, entre outros serviços  sejam transferidas mantendo a força da economia do turismo. Outras regiões turísticas  também estão impactadas e novos investimentos e gestões competentes para recuperações de imagens e seus atrativos turísticos. Infelizmente, foram registrados visitantes interessados  nas visitas aos locais dos desastres climáticos, gerando o “ turismo do desastre” reprovável por todos. Na realidade, as preferências reveladas dos visitantes dependem das motivações diversas nem sempre compreendidas. Entretanto, a solidariedade é o grande destaque. Os brasileiros estão abraçando e apoiando o Rio Grande do Sul. Os novos desafios deverão exigir mais inteligências nos diagnósticos; mais investimentos adequados; melhores gestões públicas e privadas e o  Planejamento para os próximos 30 anos, incluindo a preservação do meio ambiente em todos os processos produtivos. O Turismo Responsável e Sustentável  pode contribuir se houver interesse  das lideranças públicas e privadas. Será ? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.,

Picture of Abdon Barretto Filho

Abdon Barretto Filho

Economista e Mestre em Comunicação Social. Especializado em Economia, Comunicação e Marketing aplicados às Cidades ( City Marketing),Empresas e Entidades, destacando-se Eventos, Hotelaria, Hospitalidade e o Turismo. Consultor, Conferencista, Conselheiro, Diretor, Escritor, Colaborador em Veículos de Comunicação

Gostou desse conteúdo? Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social.

Acompanhe as novidades