A enchente e o dilúvio com a pomba e o corvo

            Abdon Barretto Filho – Economista e Mestre em Comunicação Social

A palavra gênesis significa origem ou princípio  e o livro de Gênesis é um livro de inícios. É o primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia Cristã. O Dilúvio, o Noé e sua arca são relatados no livro de Gênesis e pode ser lembrado após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul. A teoria do dilúvio de Noé aponta que, quando a última era glacial da Terra terminou, os derretimentos das calotas polares fizeram com que as águas do Mediterrâneo se elevassem, resultando um dilúvio catastrófico. A história da Arca de Noé nos conecta com nossa responsabilidade com meio ambiente e todos seres vivos. Foram quarenta  dias e quarenta noites de chuvas que exterminaram a vida na Terra. Depois do dilúvio,  Noé  “abriu a janela que tinha feito na arca e soltou o corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava até que as águas se secaram  sobre a terra “. “Depois, soltou a pomba para ver se as águas já teriam minguado sobre a superfície da  terra, mas a pomba, não achando onde pousar a pé, tornou a ele sobre a arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão tomou-a e a recolheu consigo. Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca. À tarde, ela retornou a ele; trazia no bico  uma folha nova de oliveira; assim, entendeu Noé que as águas tinham minguado sobre a terra. Então, esperou mais sete dias e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele.” Pode-se concluir que enquanto o corvo ia e voltava  estava voando ao redor da  arca. É bom lembrar que o corvo é uma ave necrófaga alimentando-se de restos orgânicos, cadáveres de outros animais, pequenos mamíferos, insetos, caracóis, lagartos, rãs, vermes e outros invertebrados. Um verdadeiro banquete para o corvo. Provavelmente, o Noé não pegou o corvo porque deveria estar contaminado. A pomba tem alimentação básica com grãos e frutas e Noé esperava que ela voasse mais distante da arca e sua missão foi completada com sucesso ao retornar com o ramo de oliveira e, depois, ao não retornar à arca. A pomba não precisava da arca para sobreviver e Noé pôde completar sua missão. A história bíblica pode ser lembrada durante a maior enchente no Rio Grande do Sul que prejudicou milhares de pessoas e os mais diversos comportamentos humanos. Alguns são exemplos de solidariedade e outros são ações negativas e repugnantes, incluindo desvios das doações e utilizações dos aspectos trágicos em propagando política.  A imprensa livre informa. Na maior tragédia climática do Rio Grande do Sul que atingiu 95 % dos Municípios Gaúchos, são  registradas demonstrações de apoios de todo o Brasil e do exterior com toneladas de doações e trabalhos realizados. Cenas emocionantes com imagens que ficarão na História do Brasil registradas nos mais diversos meios de comunicação. Confirmam a força da natureza e alertam que somos inquilinos do Planeta Terra. Os trabalhos para reconstruir áreas urbanas e rurais já começaram com a união de todos e os indispensáveis investimentos. O fenômeno turístico está se adaptando e as viagens para os destinos serão retomadas. Enquanto isso, alguns seres humanos se identificam com a pomba ou com o corvo. Será ? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

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Abdon Barretto Filho

Economista e Mestre em Comunicação Social. Especializado em Economia, Comunicação e Marketing aplicados às Cidades ( City Marketing),Empresas e Entidades, destacando-se Eventos, Hotelaria, Hospitalidade e o Turismo. Consultor, Conferencista, Conselheiro, Diretor, Escritor, Colaborador em Veículos de Comunicação

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Economista e Mestre em Comunicação Social.

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