Faltam recursos humanos no Turismo brasileiro

Abdon Barretto Filho – Economista, Mestre em Comunicação Social

O fenômeno turístico que envolve as empresas e entidades vinculadas aos verbos transportar, visitar, saborear, entreter, comprar e dormir, é capaz de gerar um em cada três novos empregos no mundo até 2035, está tendo dificuldades para contratações. Algumas causas foram identificadas pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo ( WTTC:World Travel & Tourism Council), uma organização internacional que representa o setor privado de viagens e turismo globalmente. No Brasil, analisam  os impactos  nos empregos e nas projeções futuras para o turismo no país, destacando-se as mudanças demográficas e estruturais. Observa-se que a escassez de recursos humanos pode atingir mais de 40 milhões de profissionais, principalmente nos destinos turísticos mais visitados. O relatório apresentado releva  a recuperação do setor que absorveu milhões de trabalhadores pós pandemia. Destaca que o declínio das populações economicamente ativas  em relação ao crescimento econômico já estão afetando o setor que utiliza tecnológica intensiva de mão de obra nos restaurantes, meios de hospedagem, eventos, parques temáticos, entre outras atividades. A previsão  do WTTC é de alcançar 371 milhões de empregos em 2025. Até 2035, espera-se a criação de 91 milhões de novos postos de trabalho, representando um em cada três empregos na economia global. No Brasil, observa-se que redução da oferta  de recursos humanos já está sendo constatada. Conforme as pesquisas, nos destinos turísticos mais demandados, destacando-se o setor hoteleiro, está abaixo dos 18 % do necessário. Nos  serviços hoteleiros e restauranteiros que dependem da interação humana e pouco automatizáveis, lideram o déficit diagnosticado em 20 países. Observa-se que  os cargos e funções com baixas escolaridades e primeiros empregos continuarão sendo os mais demandados.  Em alguns países, observa-se as contratações de imigrantes para cargos e funções básicas como auxiliares de limpeza, serviços gerais, camareiras, garçons, entre outros, assim como contratações de profissionais que gostam dos relacionamentos com os clientes. Destaca-se  também as influências das novas tecnologias e as mudanças comportamentais de novas gerações que possuem posicionamentos diferentes dos necessários para ocuparem cargos e funções que exigem disciplinas, horários  e comprometimentos no bem servir. Alguns caminhos estão sendo apontados para transformarem os desafios em oportunidades em realizarem carreiras no turismo e na hospitalidade. Destacam-se adaptações nos procedimentos operacionais com utilizações dos avanços tecnológicos e gestões que valorizaram as atividades, incluindo políticas e incentivos para captarem e manterem os jovens. Além disso, as contratações dos profissionais mais experientes dispostos e interessados nos setores da hospitalidade, contribuindo nas boas experiências para o cliente. Existem excelentes exemplos, nos parques temáticos em vários destinos turísticos do mundo. No Brasil, estão começando os recrutamentos de aposentados que querem ampliar suas rendas. Será ? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

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Abdon Barretto Filho

Economista e Mestre em Comunicação Social. Especializado em Economia, Comunicação e Marketing aplicados às Cidades ( City Marketing),Empresas e Entidades, destacando-se Eventos, Hotelaria, Hospitalidade e o Turismo. Consultor, Conferencista, Conselheiro, Diretor, Escritor, Colaborador em Veículos de Comunicação

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Economista e Mestre em Comunicação Social.

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