O visitante injeta dinheiro na economia local

Abdon Barretto Filho -Economista e Mestre em Comunicação Social

O visitante ao chegar em uma cidade, por motivos diversos, injeta dinheiro  na economia local, ao consumir bens e/ou serviços produzidos  e vendidos no núcleo receptor. É o dinheiro novo que chega e é diluído nos mais diversos serviços, a saber: transporte interno na cidade, alimentação, comércio local, participações em eventos, entretenimentos e lazer. Não é nenhuma novidade. Na realidade, é o óbvio que muitas vezes  é ignorado por desconhecimento ou falta de estudos dos responsáveis pelas políticas públicas e/ou estratégias do bem receber. O fenômeno turístico apresenta bons resultados em todo o mundo quando existe a estruturação da oferta para cada visitante e, por consequência, para o habitante. Todo investimento para o bem receber, torna-se disponível para o residente, durante o período da visita e  após o visitante retornar ao seu local de residência. É sempre bom recordar que a cidade será boa  para o visitante se for boa para o habitante. Nos livros e pesquisas sobre a Economia do Turismo existem diagnósticos e prognósticos orientando os interessados no tema. Recentemente, ao apresentar o Plano de Ação Imediata para o Turismo Receptivo em uma cidade, citei onze propostas que venho trabalhando  há alguns anos. Em uma delas, sugiro a promoção e divulgação de atrativos que possam ser visitados em duas, quatro, seis, oito horas pelos excursionistas que chegam até a cidade, consumindo seu  tempo livre no local A expectativa do visitante excursionista  tornar-se visitante turista de um ou vários dias depende do seu interesse e da oferta turística delimitada com  produtos turísticos adequados, qualificados e capazes de chamarem atenções e garantirem boas experiências. No marketing das cidades, após diagnósticos profissionais, o tema é desenvolvido a partir das análises dos fluxos de visitantes e seus perfis, incluindo motivações das visitas e gastos médios. Algumas cidades, estão contentes com excursionistas e outras, não. Alguns excursionistas podem gerar fluxos de visitantes indesejáveis e ameaçam a sustentabilidade do fenômeno turístico. Quando isso acontece, existem ações no mercado que influenciam as demandas, incluindo o aumento na precificação da oferta. Porém, o maior problema da maioria das ofertas turísticas é a falta da demanda turística. Muito planejamento, com modelos teóricos que ignoram o mercado, porque falta promoção do destino turístico e sem  apoios e incentivos à comercialização. Além disso, a falta de continuidade das ações mercadológicas e um número crescente de neófitos que desconhecem as contribuições da economia do turismo, concretizadas nas injeções de recursos financeiros no núcleo receptor. A ignorância sobre o tema prejudica o desenvolvimento do turismo receptivo. Será ? São reflexões. Respeitam-se todas as opiniões contrárias. Podem ser úteis. Pensem nisso.

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Abdon Barretto Filho

Economista e Mestre em Comunicação Social. Especializado em Economia, Comunicação e Marketing aplicados às Cidades ( City Marketing),Empresas e Entidades, destacando-se Eventos, Hotelaria, Hospitalidade e o Turismo. Consultor, Conferencista, Conselheiro, Diretor, Escritor, Colaborador em Veículos de Comunicação

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Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social.

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